Esse conto já tem pontos demais, vários finais e nenhuma reticencia, como você pensa.
Seus amigos já conhecem todos os personagens e capÃtulos, como se tivessem assistido a mesma série de duas temporadas pelo menos 3 vezes.
Ninguém aguenta mais o monologo e as perguntas sem resposta, que você insiste em repetir da hora que acorda até a hora que vai dormir. Nem você mesmo.
Mais como se não bastasse, as vezes você sonha e acha que isso é motivo para continuar falando mesmo assunto batido, sobre o relacionamento falido que teve mais fim do que começo.
Ao contrário do que muitos pensam, o mais difÃcil nesses casos não é necessariamente o fim, inevital como todo ciclo na vida que se encerra, mais aceita-lo e entender que desistis é preciso.
Abrir mão do que já não tem solução, da ferida que você insiste em cutucar e que cada vez fica mais difÃcil de cicatrizar. Abdicar daquele amor que um dia foi gostoso, mais que hoje deixa mais marcar no travesseiro e nenhum nos lençóis, o que prova que o prazo de validade acabou.
Enxergar que começar do zera n ao é fácil, mas necessário e dar chance as novas histórias, novas pessoas, novos capÃtulos que aguardam ansiosamente sua chance de estreia, afinal a vice é feita de começos, meios, fins e recomeços.
Abrir as portas para o que há de vir não é a questão de otimismo. Esqueça essa de copo meio cheio ou vazio, alguns copos que insistimos em carregar estão completamente esgotados e e sao eles que precisam ser deixados para tras. Portanto, encha-os de lagrimas e de cervejas, brinde em uma mesa de bar e só saia de lá quando estiver disposto a entender que deixar para trás cansa menos.
Desistir do que já passou não é sinal de derrota, mais do que poderia ser, se não fosse o apego ao passado e o medo de tentar de novo, pode ter certeza de que é.